Câncer Anal

O câncer anal é um tumor maligno raro que ocorre nas bordas externas e no canal do ânus, sendo mais comum em mulheres. Já os tumores na margem anal (parte externa do ânus) são mais frequentes no sexo masculino.

O câncer anal pode ser classificado em quatro estágios principais:

• Estágio 1 – o câncer anal tem menos de 2 cm;
• Estágio 2 – o câncer tem entre 2 cm e 4 cm, se localizado apenas no canal anal;
• Estágio 3 – o câncer tem mais de 4 cm, espalhando-se para áreas próximas, como bexiga ou uretra;
• Estágio 4 – o câncer desenvolveu metástases para outras partes do corpo.

A causa exata do câncer anal ainda é desconhecida. Pesquisadores e médicos descobriram que alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença. São eles:

• Baixa imunidade – quando o organismo não é capaz de combater infecções, como o vírus do HPV, o individuo pode acabar desenvolvendo o câncer anal;
• Tabagismo – as substâncias cancerígenas presentes no tabaco podem percorrer todo o corpo. Alguns estudos mostraram um aumento de casos de câncer anal em fumantes;
• Infecção pelo HPV – apesar da infecção pelo HPV parecer ser o principal fator para o desenvolvimvneto do câncer anal, a grande maioria das pessoas infectadas por HPV não o tem. Estudos mostram que o HPV causa muitos dos carcinomas de células escamosas anais, mas o papel deste vírus em provocar o adenocarcinoma do ânus ainda é algo que está sendo pesquisado;
• Infecção pelo HIV;
• Infecções sexualmente transmissíveis – doenças como clamídia, gonorreia, herpes genital e condilomatose também podem estar relacionados com o câncer anal;

Outras possíveis causas – A prática de sexo anal, fístula anal crônica, má higiene da região e irritação anal crônica podem ter relação com a doença.

Entre os sinais e sintomas de câncer anal, podemos destacar:

• Coceira;
• Sangue nas fezes;
• Ardor;
• Secreção;
• Ferida na região anal;
• Incontinência fecal;
• Sangramento retal;
• Dor na região anal;
• Nódulo ou massa no ânus;
• Alteração do diâmetro das fezes;
• Descarga anormal no ânus;
• Aumento de tamanho dos gânglios linfáticos na área da virilha ou ânus.

Na fase inicial do diagnóstico de câncer anal, é realizado um exame de toque e, se for necessário, uma retossigmoidoscopia, anuscopia e proctoscopia. No entanto, uma das principais formas de confirmar o quadro é por meio de uma biópsia da amostra de um tecido. Em alguns casos, também pode ser solicitado o exame de ultrassonografia e ressonância magnética, que ajuda identificar a extensão do tumor e definir qual o melhor método de tratamento.

Os três principais tratamentos para o câncer anal são a radioterapia, a quimioterapia e a cirurgia. O médico pode solicitar também uma combinação de duas ou mais modalidades terapêuticas. O tratamento deve ser definido para cada paciente após a análise do caso e a equipe médica deve ser formada por especialistas, como oncologistas, radioterapeutas, cirurgiões e proctologistas.

É possível prevenir o câncer anal com uma série de medidas que podem ser adotadas como hábitos no dia a dia:

• Dieta balanceada com frutas, legumes e verduras e pobre em gordura;
• Atividades físicas regulares;
• Utilizar preservativo em todas relações sexuais;
• Abandonar o tabagismo;
• Ficar atento a sintomas como sangramento e problemas intestinais.

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